Lembro-me como se fosse hoje, eu, sentada na cadeira da sala do colégio Vitória Régia assistindo a aula de matemática, meu pai aparece dizendo que era necessário eu faltar a aula pois tinha um lugar importante para me levar. Confesso que fiquei com medo, achei que ele iria me levar em algum hospital, fazer exames ou algo do tipo, quando entro no carro, me deparo com a minha madrinha e meus dois primos, todos chorando, fiquei muito mais confusa nesta hora, tentei acalmar a todos.. até que meu pai começa a falar:
-Filha, você sabia que o seu avô estava doente...
Não era nem preciso continuar a falar, eu já havia entendido o que ele queria dizer, afinal quem não entenderia?! Para o carro, uma grande aglomeração de gente em frente a casa de meus avós, entrei correndo no quarto onde ele estava, e não sai de lá até o momento em que não me deixaram mais ficar, ele estava tão bonitinho, todo engomadinho, como sempre se vestia, sempre vaidoso. Netos(as), filhos(as) e esposa, todos deixaram uma recordação com ele, cartas de baralhos, dominó, algo que nos fizesse lembrar de cada momento especial. Como não possuia nada material para deixar, resolvi fazer uma carta, coloquei ao seu lado e beijei a sua mão.
Uma pessoa legal e divertida, um professor, um modelo, um exemplo, um pai, um avô, uma pessoa por quem tive muito amor!
Deus me concedeu o prazer de poder nascer no dia do seu aniversário, dia especial e cheio de alegrias, casa cheia, muita comida, muita bagunça, muita zuada, muita agonia, mas em compensação, muita alegria, não consigo soprar a velinha sem lembrar de que muitas vezes fizemos isso juntos, agora o que tenho desta pessoa são os ensinamentos, e as boas lembranças.
VÔ EU TE AMO!
Você faz falta, Saudades dá neta que tem orgulho de ter aprendido canastra contigo!
E aonde quer que esteja, seja abençoado por Jesus Cristo a cada vez mais na sua vida eterna!
Os bons ~> Em memória de Domingos Silva Alfaya Gonzales e Danilo Alfaya.
Créditos Foto: Camila Alfaya
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